A guerra na qual lutamos nunca será perdida porque Jesus já tem a vitória.
Se você tem se sentido assim, a palavra que tenho a lhe dizer é: levanta-te! Você não é o primeiro e nem será o último no Corpo de Cristo a enfrentar gigantes que parecem ter poder para esmagar você.
Mas, o Senhor, na sua infinita sabedoria, nos deixou Sua Palavra. Através dela, conhecemos histórias de homens e mulheres que até hoje marcam a nossa vida pela sua experiência, testemunho e fracassos (reais e aparentes). Em II Samuel capitulo 12, dos versículos 13 a 25, encontramos essa situação.
Então Davi disse a Natã: “Pequei contra o Senhor”. E Natã respondeu: “O Senhor perdoou o seu pecado. Você não morrerá. Entretanto, uma vez que você insultou o Senhor, o menino morrerá”.
Depois que Natã foi para casa, o Senhor fez adoecer o filho que a mulher de Urias dera a Davi. E Davi implorou a Deus em favor da criança. Ele jejuou e, entrando em casa, passou a noite deitado no chão. Os oficiais do palácio tentaram fazê-lo levantar-se do chão, mas ele não quis, e recusou comer.
Sete dias depois a criança morreu. Os conselheiros de Davi ficaram com medo de dizer-lhe que a criança estava morta, e comentaram: “Enquanto a criança ainda estava viva, falamos com ele, e ele não quis escutar-nos. Como vamos dizer-lhe que a criança morreu? Ele poderá cometer alguma loucura!”
Davi, percebendo que seus conselheiros cochichavam entre si, compreendeu que a criança estava morta e perguntou: “A criança morreu?” “Sim, morreu”, responderam eles.
Então Davi levantou-se do chão, lavou-se, perfumou-se e trocou de roupa.o Depois entrou no santuário do Senhor e o adorou. E, voltando ao palácio, pediu que lhe preparassem uma refeição e comeu.
Seus conselheiros lhe perguntaram: “Por que ages assim? Enquanto a criança estava viva, jejuaste e choraste; mas, agora que a criança está morta, te levantas e comes!”
Ele respondeu: “Enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei. Eu pensava: Quem sabe? Talvez o Senhor tenha misericórdia de mim e deixe a criança viver. Mas agora que ela morreu, por que deveria jejuar? Poderia eu trazê-la de volta à vida? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim”. Depois Davi consolou sua mulher Bate-Seba e deitou-se com ela, e ela teve um menino, a quem Davi deu o nome de Salomão. O Senhor o amou e enviou o profeta Natã com uma mensagem a Davi. E Natã deu ao menino o nome de Jedidias.
Atitude correta
Lemos neste capítulo a conseqüência do pecado de Davi, que mandou matar Urias,um dos homens de seu exército para deitar-se com a mulher dele, Bate-Seba.
Quando Natã chegou até Davi, vemos que o rei de Israel teve a atitude correta: reconheceu seu erro.
E, quando vamos até o livro de Salmos, no capítulo 51, vemos Davi abrindo seu coração. E no versículo 10, ele fala uma frase que deve ser a nossa oração cada dia: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito reto”.
Foi esse mesmo posicionamento que levou Davi a buscar a Deus quando seu filho recebeu uma sentença de morte da parte do Senhor. Foram 7 dias de jejum, de oração, quando ele estava trajado de vestes de quebrantamento e de luto diante de Deus.
Mas Davi estava orando, buscando e jejuando porque sabia e sentia que seu pecado havia sido perdoado, porque se humilhou e se arrependeu verdadeiramente diante do Senhor, como ele mesmo disse no Salmo 51.17 – “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; e a um coração quebrantado e contrito, Deus nunca vai desprezar”.
Também vemos no capítulo 12 de II Samuel, que enquanto a criança ainda vivia, os anciãos diziam a Davi que parasse de orar e fosse comer com eles. Vai haver momentos na nossa vida, que as pessoas vão dizer para que paremos de orar por aquilo de mais precioso que temos buscado, pelos nossos maiores sonhos. Mas a última palavra sempre é de Deus e não dos homens. Davi não saiu da presença de Deus até a criança morrer.
Fiel ao compromisso
E a criança morreu. E a porta que Davi acreditava que fosse se abrir, na verdade se fechou. Mas ele entendeu que aquela era a vontade de Deus e que a vontade Dele sempre é melhor do que a nossa.
Davi não abandonou seu compromisso com o Senhor, como muitas vezes fazemos quando as portas se fecham para nós: paramos de ir à célula e à igreja, reclamamos de
Deus o tempo todo e deixamos coisas tão preciosas como a comunhão e a Palavra.
Quando soube da morte de seu filho, Davi levantou-se daquele lugar consciente que estava perdoado por Deus e que tinha de honrar seu compromisso com o Senhor.
Lemos na passagem que ele “entrou no santuário e adorou”. Não triste, mas com roupas novas, lavado e ungido. Quando damos valor àquilo que realmente tem valor para Deus, nossas vestes são mudadas; as vestes de tristeza são trocadas por vestes de alegria.
O lugar parecia de aparente derrota, mas, quando levantou-se dali, era um vitorioso, pois tinha a consciência que Deus tinha feito o melhor por ele. E, finalmente, nos versículos finais dessa passagem, vemos Deus dar outro filho a Davi, provando Sua própria fidelidade à Sua Palavra.
Um lugar de aparente derrota não significa que nós perdemos a guerra. A guerra na qual lutamos nunca será perdida porque Jesus já tem a vitória nas suas mãos e a deu para nós.
Pastora Lygia de Souza
Fundadora da Igreja Nova Aliança de Londrina