“Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” 2 Timóteo 4: 3 e 4
Com mais de 14 milhões de exemplares vendidos no mundo inteiro e presença constante na lista dos mais vendidos no Brasil desde março, quando foi lançado, o livro O Código Da Vinci é a nova coqueluche do momento. Os direitos também foram comprados por Hollywood, que já trabalha na adaptação cinematográfica da obra.
O motivo: o romance do escritor inglês Dan Brown, um calhamaço de 500 páginas, coloca em xeque tudo o que se sabe até hoje sobre Jesus, o filho de Deus – só que de maneira mais convincente do que as outras tentativas lançadas até hoje no mercado editorial para desacreditar o Messias.
O sucesso e a polêmica do livro estão centrados, basicamente, nas seguintes teorias conspiratórias:
• Cristo não morreu na cruz, mas fugiu para o Sul da França, onde se casou com Maria Madalena e deu início à sua linhagem sagrada, a dinastia Merovíngia
• Maria Madalena seria sua legítima sucessora e líder da igreja primitiva
• Jesus nunca foi Deus. A mentira foi inventada pelo imperador Constantino, no Concílio de Nicéia
• Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João não ensinam a verdade sobre Jesus. Teriam sido alterados para a edição final da Bíblia. A igreja teria escondido evangelhos escritos pelas seitas gnósticas
• Todas essas informações foram “escondidas” pelo pintor renascentista Leonardo da Vinci em suas obras para serem lidas e preservadas por uma ordem de escolhidos, o Priorado de Sião
Para confundir ainda mais a cabeça dos desavisados, o livro traz o seguinte aviso: “Todas as descrições de obras de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos neste romance, correspondem rigorosamente à realidade”.
Uma trama embalada à aventura e suspense
As “fantásticas revelações” de O Código da Vinci são embaladas em uma trama de aventura e suspense. O curador do Museu do Louvre é encontrado morto em uma estranha posição e deixa uma mensagem escrita com o próprio sangue.
Para tentar decifrar o mistério, é chamado o historiador da Universidade de Harvard, Robert Langdon, que está em Paris a negócios. Langdon é acompanhado pela criptóloga Sophie Neveu, que o alerta que o principal suspeito do crime é ele.
Os dois fogem, mas vão decifrando uma série de pistas deixadas em pontos turísticos de Paris e Londres pelo curador do Louvre. Até que a dupla descobre que as mensagens e o crime estão ligados à busca do Santo Graal, o cálice que Jesus teria tomado a última ceia.
Os dois acabam conhecendo um fanático pelo Graal, Leigh Tabling, que revela aos dois “a verdade” sobre Jesus, narrada nos evangelhos gnósticos. Além da polícia francesa, a organização católica Opus Dei também está no encalço do historiador e da criptóloga porque não pode deixar que o mundo conheça a “versão real” do cristianismo.
Verdades e Mentiras
A formação da Bíblia
Mentira
“Mais de 80 evangelhos foram estudados para compor o Novo Testamento e, no entanto, apenas alguns foram escolhidos – Mateus, Marcos, Lucas e João. […] A Bíblia, conforme a conhecemos hoje, foi uma colagem composta pelo imperador romano Constantino, o Grande, no Concílio de Nicéia.” (trecho do livro)
Verdade
Em todos os 20 decretos que foram promulgados no Concílio de Nicéia – e ainda estão disponíveis – não há nenhuma menção sobre o debate da escolha dos livros da Bíblia. O historiador Eusébio, reconhecido por estudiosos da Bíblia e também os seculares como a maior autoridade sobre Nicéia, também não menciona nada sobre o assunto.
A divindade de Jesus
Mentira
“A doutrina da divindade de Cristo passou por uma votação bastante renhida (‘apertada’/disputada) no Concílio de Nicéia.” (trecho do livro)
Verdade
Os registros históricos mostram que dos cerca de 318 bispos que participaram do Concílio de Nicéia, somente cinco protestaram contra a divindade de Jesus.
Todos os escritos da segunda e terceira geração de líderes, que vieram após os discípulos que caminharam com Jesus, reafirmam sua divindade.
O que a Palavra diz
O principal ataque que “O Código da Vinci” faz – seja nas inúmeras inverdades que tentaplantar, até mesmo através de referências histórias, – é contra a divindade de Jesus.
O que precisamos entender, como Igreja do Senhor Jesus, é que sempre houve – desde os tempos em que o nosso Salvador caminhou sobre a Terra – tentativas de diminuir sua importância na história e sua majestade espiritual. Todas elas, porém, depois de um tempo foram esquecidas. Mas, Jesus, nunca. Pelo contrário, a Igreja ao redor do mundo está experimentando um crescimento sem precedentes.
Antes de nos impressionarmos com supostas “revelações históricas” – seja do “O Código da Vinci” ou outro livro que possa ser lançado – é fundamental que voltemos aos pilares da nossa fé, ao que nos motivou a entregar nossas vidas a Jesus: a Palavra de Deus, registrada nos livros da Bíblia.
É a Palavra e não o que o mundo diz que deve guiar nossos passos e nossos pensamentos. E é também na Palavra que encontramos razões mais do que suficientes para acreditar na divindade de Jesus, como Filho de Deus e mediador de nossa salvação.
Caso você leia “O Código da Vinci” ou fique chocado com alguma reportagem sobre o livro, antes de levantar qualquer questionamento em seu coração, volte-se à Palavra.
Abaixo, selecionamos algumas – dentre muitas outras – passagens que podem fortalecer sua fé, e falam especificamente sobre a natureza divina do nosso Jesus. Que Deus nos ensine, a cada dia mais, valorizar sua Palavra.
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” João 1:1
“E, se Cristo não ressuscitou, inútil é a fé que vocês têm, e ainda estão em seus pecados.” 1 Coríntios 15.17
“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida.” João 8.12
“Quem me vê, vê ao Pai.” João 14: 8,9
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.” João 14: 6